Na Amazônia, os povos Arapiuns e borari vivem na Terra Indígena Maró, localizada no curso do rio que leva o mesmo nome do território, no município de Santarém, oeste do estado do Pará, na região do baixo Tapajós. Há quase 20 anos, esses dois povos aguardam a demarcação da terra de 42 mil hectares.
O território Maró é constantemente ameaçado pela exploração madeireira e pelo avanço do agronegócio. Já foi, inclusive, alvo de ação de ação judicial de não indígenas contra a demarcação do território.
A devastação da terra impacta os recursos naturais, comprometendo os rios, lagos, as plantações de mandioca, de frutos como o uxi, o açaí e a bacaba, e das caças como cotia e paca, que formam a base alimentar dos Arapiuns e Borari.
Para defender o território Maró dos madeireiros, grileiros e de todo tipo de invasão, os indígenas Arapiuns decidiram vigiar sua terra, embora isto seja obrigação do poder público, no caso, da Fundação Nacional do Índio (Funai).
“Vigilância é um trabalho que nós indígenas fazemos, para que possamos ter um controle do nosso território”, diz a liderança Hilton de Souza Marques, do povo Arapiuns. a vigilância também serve como momento de passagem dos saberes dos mais antigos para os mais novos.
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